sábado, 1 de setembro de 2012

O JARDIM DO ÉDEN - ERNEST HEMINGWAY


   Terminei de ler este livro muito decepcionado com Hemingway. Para quem leu "O sol também se levanta", este acima é um verdadeiro lixo. É cansativo, chato, mal estruturado e repetitivo. Quem não conhece Hemingway, aconselho não começar por ele... afinal, a "primeira vez" a gente nunca esquece, portanto comece com a obra-magna que citei acima (e que, possivelmente, comentarei numa publicação futura). Bem, como prometi vou falar sobre os livros ruins também... vai que outra pessoa se agrade? Bem, depois de três longos meses adiando, concluí a leitura de, talvez, o livro mais chato que li. 
   O que conta a sinopse? David (um escritor recém-lançado aos críticos) e Catherine (uma ricaça) vão para a lua-de-mel na famosa Riviera Francesa, mais precisamente em Cannes. O que acontece lá? Os dois transam, bebem e comem o começo e o meio do livro inteiros... só isso. Catherine inventa de ir à cidade vizinha e cortar os cabelos de forma masculina e se autodenomina o "homem" da relação e David, a mulher. Altamente tedioso. Até que aparece Marita, uma adolescente morena e lindíssima que completa o triângulo amoroso... mais sexo, mais comida e mais bebidas. Até que Catherine começa a ficar enciumada e sabotar os manuscritos de David, escritos em cadernos escolares e guardados em uma mala. 
   O final do livro? (desculpem, mas eu não resisto: preciso contar.) Confesso que menos pior que o começo e o meio. Catherine queima todos os manuscritos do marido num latão a vai-se embora. O último capítulo retrata a divagação de David: comparando a esposa com os escritos, que nunca mais voltariam... um pouco mais literário e filosófico, mas também nada brilhante nem condizente com um ganhador de Nobel (se bem que o prêmio também não é muito justo, quiçá muito inteligente.)
   Enfim, quem quiser se aventurar... pelo menos compre a edição da Nova Fronteira (nos melhores sebos de todo o Brasil). Papel encorpado, fonte grande e considerando isso poucas páginas, 322. Um livro para ser lido com muita calma e para quem gosta de uma literatura com bastante sacanagem, esbórnia, boa mesa e nada de literariedade. É muito divertida, mas nada aplicada. 

    

Um comentário:

  1. Li o O sol também se levanta, Paris é uma Festa, Por quem os Sinos Dobram e estou lendo o volume 1 de Contos e o Velho e o Mar. Quero analisar o autor por um outro ângulo, digamos por uma obra considerada menor pelos críticos.

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