sábado, 8 de setembro de 2012

AS AVÓS - DORIS LESSING

   Depois de ouvir tantos elogios desta obra e da autora , decidi pegá-la em minha estante. Já que estava lá pegando poeira , sim, ou você pensa que fico limpando livro todo dia?, fui até lá... retirei o livro e olhei a capa (sim, pode-se julgar por ela, ainda mais que este acima é da primeira edição ainda), era uma capa atraente; no mínimo, diferenciada e com o selo do Prêmio Nobel. Vou lê-lo. 97 páginas com uma letra maior que a conta bancária do Sarney. Doris escreveu ele em dois dias, só pode ser... 
   Pude ver como as opiniões literárias são dissonantes. Achei o livro um lixo. Talvez mais horrível que aquele do Hemingway que publiquei neste blog. Mas aí, fico pensando... claro que é pior. Porque quando se conhece o autor, como eu conheço Hemingway tudo fica melhor (ou menos pior, sei lá!!!), você tenta defendê-lo ou não acreditar que ele escreveu aquilo. 
   Eu, por exemplo, não vou ler nem bula de remédio que essa mulher escrever. Se você, caro leitor, quiser lê-lo eu aconselho lê-lo de uma só vez. Porque, senão, terás de voltar sempre duass ou três páginas atrás. O livro é muito mal feito. Fragmentado demais e sem uma boa sinopse.
   Do que trata? Duas meninas se encontram na escola e de lá surge uma grande amizade (quase um amor) que perdurará por toda a trajetória de vida das duas (James Joyce demorou 1000 páginas para contar um dia do Bloom, Lessing quer contar duas vidas em 97... não entendo). E o livro conta os encontros e desencontros das crianças, adolescentes e depois adultas e ainda, depois, velhas. Seus casamentos mal-sucedidos, os filhos, os netos. Há inclusive uma parte do livro em que uma das velhas transa com o filho da outra. E aquela relação torna-se um amor terrível e doloroso. Até o rapaz se tornar adulto. 
   Não vou contar o final porque não tem. O final consiste nas primeiras páginas. Há alguns críticos que dizem que uma das velhas quer contar um segredo e você precisa ler o livro todo para descobri-lo. Confesso que não perdi meu tempo fazendo isso. O livro já estava um saco, mal estruturado, com palavras simples demais, desmotivador. É aquele livro que você faz questão de não ler e quando encosta nele, vê a capa que é muito bem feita pela editora. 
   Caro leitor, o livro ainda está à venda com a capa acima. Leia-o e comente. Não posso dizer somente por mim, afinal muito críticos louvaram-no como uma opus-magna. A obra do século XXI! (apesar de eu enquadrá-lo no XX - emancipação de mulher, tenha dó!!! Tanta coisa do 21 para se falar...) 
   A organização do Nobel ficou com pena, de certo, porque ela era Iraniana e foi morar no Zimbábue; e então, premiou uma mulher que nem cardápio de lanchonete sabe fazer.De certo, ela vendeu a medalha de ouro para fazer um dinheiro e fez bem, porque esse prêmio é podre. Mas o Nobel nunca foi muito confiável: ele laureou Winston Churchill, o homem do charuto.  Escrevia quase tão bem quanto Doris... Boa leitura aos corajosos e comentem, por favor!!!


Um comentário:

  1. Não que eu tenha "amado" o livro. Não mesmo. Mas, ainda assim, sua leitura foi muito superficial,meu caro. Uma das mulheres transou com o filho da outra????

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